terça-feira, 20 de abril de 2021


SERÁ CONSISTENTE A CRENÇA TEÍSTA 

DA EXISTÊNCIA DE DEUS?!



    TIPOS DE ARGUMENTOS 

PROPOSTOS NA FILOSOFIA DA RELIGIÃO:


A PRIORI 

(a partir de noções ou conceitos evidentes)

(ex: ONTOLÓGICO)


A POSTERIORI

(a partir de conhecimentos da experiência)

(ex: TELEOLÓGICO/DO DESÍGNIO)

(ex: COSMOLÓGICO)


PROPONHA DOIS ARGUMENTOS CONCISOS, 

PELOS QUAIS PRETENDA JUSTIFICAR RACIONALMENTE

A CRENÇA NA EXISTÊNCIA DE DEUS.


Sugiro que assista a esta entrevista do

Professor Doutor Domingos Faria (3 de abril de 2021)

link: https://www.youtube.com/watch?v=zedGZ8U3v84 )



Partilho o acesso a um ficheiro meu em PDF, com conteúdos sobre Filosofia da Religião,

lecionados na disciplina de Filosofia - 11.º ano, em turmas da Escola Secundária Fernando Namora, no presente ano letivo:

https://drive.google.com/file/d/1OxiSaLMEE_PZ0tmE0XB3M9Oq3akXOgtT/view?usp=sharing



 FILOSOFIA DA RELIGIÃO  

  ALGUMAS DICOTOMIAS ESSENCIAIS 
DA 
EXPERIÊNCIA RELIGIOSA:

CRENÇAS E FÉ VERSUS DESCRENÇA E REJEIÇÃO

SAGRADO VERSUS PROFANO

TRANSCENDENTE VERSUS IMANENTE

ESPIRITUAL VERSUS MATERIAL

BEM VERSUS MAL

MORALIDADE VERSUS IMORALIDADE

SALVAÇÃO VERSUS CONDENAÇÃO

SENTIDO VERSUS DESESPERO

sábado, 10 de abril de 2021

 

                   Fotografia do Deserto do Sahara

           

            O CUIDADO DE SI 
e a metáfora do DESERTO

O Deserto é o espelho de mim mesmo: através do silêncio consigo reconhecer-me (melhor). E por meio do reconhecimento consigo cuidar de mim mesmo.

Portanto, o silêncio é um meio de acesso ao cuidado do sujeito consigo mesmo.


Pablo D'Ors:


"Quero dizer que nós somos deserto. É verdade que temos muitas coisas, muitos pensamentos, atividades, muitos valores e problemas, mas se formos tirando tudo isto, descascando essas coisas, deparamo-nos com o que somos: um espaço. Num teatro pode haver muitos cenários, decorações e personagens, mas se os tiramos, o teatro continua. Então, a pergunta que está por detrás deste livro [Pablo D'Ors, O Amigo do Deserto], como de todas as novelas sérias de literatura, é: "Quem sou eu?" E aqui a resposta é: "Tu és espaço, tu és deserto. (...) 

No meu entender, a necessidade primordial do homem contemporâneo, do europeu médio que tem as suas necessidades básicas asseguradas, é o silêncio. Isto é, temos um problema relacionado com demasiado ruído, exterior e interior. Por isso, falar de ruído é falar de dispersão. E o nosso principal problema é estarmos em muitas coisas e em nenhuma. Há um défice de atenção. Simone Weil dizia que "amar é estar atento". Por isso, se queres saber o que amas, procura saber a que é que estás atento.

O que o silêncio nos dá, fundamentalmente, é clareza mental, uma clareza cordial, afetiva. Habitualmente, temos muita confusão na cabeça e no coração. Então, no silêncio, paramos, escutamos, observamos e, assim, toda essa confusão e ruído vai-se, gradualmente, acalmando e isso permite-nos ver com maior clareza. Este é o primeiro fruto. O segundo fruto é a humildade, porque quando passas a ver com clareza, então podes ver-te a ti mesmo de modo claro. Assim, deixas de te autoafirmar permanentemente, como habitualmente fazemos, e passas a viver com uma atitude mais sensata, mais realista e mais modesta sobre quem tu és na vida. E uma vez que isto te dá humildade e claridade, também te dá coragem, é esse o terceiro fruto do silêncio. Ou seja, dá-te capacidade de arriscar, de apostar, de decidir, de fazer opções, de te bateres por aquilo em que acreditas. E, por último, se tens coragem, humildade e clareza, és fecundo, não és passivo, dás fruto. Por isso creio que o silêncio muda profundamente a vida das pessoas."

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Excertos da entrevista de Aura Miguel a Pablo D'Ors

[ Em linha:  https://rr.sapo.pt/2019/11/05/religiao/temos-muita-confusao-na-cabeca-e-no-coracao-o-que-o-silencio-nos-da-e-clareza/noticia/170516/ ]

Publicado em 5-11-2019, 11:10

Acedido em 10-04-2021 

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O CUIDADO DE SI E DOS OUTROS perpassa as crenças, por exemplo as que se inscrevem no horizonte da experiência religiosa, porque, entre outros motivos, o cuidado diz respeito à valorização de algo essencial e que é colocado no âmbito do sentido da existência: a relação com o Sagrado, o Transcendente, o Divino ... com Deus (na perspetiva do teísmo).

No contexto do estudo sobre vários temas da Filosofia da Religião (nas aulas no AEFN), parece-me muito interessante sugerir a leitura e a análise crítica do artigo de opinião "Religião e espiritualidade", do Professor Doutor Anselmo Borges, padre católico e professor de Filosofia e de Teologia em diversas universidades.

Eis o link do artigo publicado no Diário de Notícias, em 25 de agosto de 2019:

https://www.dn.pt/opiniao/opiniao-dn/anselmo-borges/religiao-e-espiritualidade-11233427.html

Coloco aqui um excerto:

1. Não haja dúvidas. A religião, concretamente na Europa, também entre nós, está em queda. O número de agnósticos e de ateus aumenta, para não falar na chamada "prática religiosa", que desce a olhos vistos. O padre José Antonio Pagola escreveu recentemente um texto com o título "Depois de séculos de 'imperialismo cristão', os discípulos de Jesus têm de aprender a viver em minoria".


Conto com comentários, questões, críticas, sugestões!... 

terça-feira, 9 de março de 2021


A Natureza pode libertar-nos da prisão da ansiedade, do tédio e do desalento

e abrir-nos o horizonte do quotidiano demasiado pequeno em que sobrevivemos, 

confinados por rotinas,

para reconhecermos que o Mundo é sempre infinitamente maior, 

sempre incomensurável,

sempre muito mais do que tudo o que possamos imaginar.

O Mundo é efetivamente infinito ao nosso olhar sempre míope e finito.

Assim, com o horizonte a abrir-se, 

talvez saibamos cuidar melhor de nós mesmos!


                                            Ilha Terceira - Açores (agosto/2015)

 

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

CUIDADO DE SI E BELEZA: RELAÇÃO RELEVANTE?

Algumas questões filosóficas a propósito do estudo que muitos alunos estão a fazer nas aulas da disciplina de Filosofia, no contexto de teorias acerca da arte.

1. Há alguma relação entre as experiências do cuidado de cada um consigo mesmo e as experiências estéticas? 

2.Cuidar de mim não implica, de algum modo, cuidar da beleza física, valorizar esteticamente a minha aparência para mim mesmo e para os outros?

3. Cada um de nós poderá viver bem sem valorizar esteticamente a beleza? (Pressupõe-se que viver bem seja algo acima do limiar da sobrevivência.)

4. Como é valorizada a beleza nas sociedades atuais? Quais as estratégias e os instrumentos que utilizamos para valorizar a beleza na Natureza, nas pessoas e nos objetos de arte? 

5. E será que todas as formas de valorização social da beleza são eticamente relevantes, ou seja, contribuem para a dignidade de cada indivíduo?

6. Por conseguinte, faz sentido pensar que a relação entre cuidado e beleza nos conduz à ética, ou seja, a questionarmo-nos como poderemos ser mais felizes?

7. Consequentemente, será que todas as conceções de beleza poderão contribuir para sermos melhores sujeitos éticos?

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Para refletir criticamente sobre estas e outras questões, sugiro que (re)vejam o documentário de Roger Scruton (ativar legendas em português):


Sugestões de pesquisa sobre arte: 

https://www.wikiart.org/en/artists-by-art-movement

https://artsandculture.google.com/

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AFINAL, 

PODEREMOS CUIDAR DE NÓS MESMOS E DOS OUTROS, 
DISPENSANDO OU DESPREZANDO A VALORIZAÇÃO DA BELEZA,

ALIÁS, DA BELEZA QUE PODE CONTRIBUIR PARA SERMOS MELHORES SUJEITOS ÉTICOS?

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FICO À ESPERA DE COMENTÁRIOS, CRÍTICAS, OPINIÕES, SUGESTÕES.